Acidente com o vôo da Germanwings pode ter sido deliberado
Brice Robin, o procurador de Marselha responsável pelas investigações à queda do avião da Germanwings, disse que o co-piloto atuou deliberadamente para fazer despenhar o aparelho nos Alpes Franceses.
Robin disse que os registos sonoros retirados das caixas negras do avião, revelam que o co-piloto estava ao comando do avião quando se deu o acidente.
“O co-piloto impediu o comandante de entrar no cockpit e fez despenhar o avião da Germanwings” – afirmou o procurador.
Brice Robin revelou ainda que o co-piloto não acionou qualquer sinal de alarme, e se recusou a responder às tentativas de contato por parte de técnicos de aviação em terra.
“Conseguimos ouvir a respiração do co-piloto no cockpit, até ao momento em que o avião se despenhou” – disse ainda o procurador responsável pela investigação.
O co-piloto em causa era Andreas Lubitz, de 28 anos.
O Airbus 320 da Germanwings fazia o percurso Barcelona – Dusseldorf, e despenhou-se após uma descida de 8 minutos. Morreram todos os 150 ocupantes a bordo.
As autoridades anunciaram ontem que tinham conseguido recuperar uma gravação audio, em bom estado, de todos os sons produzidos no cockpit. O conteúdo desta gravação não foi para já disponibilizado.
A segunda caixa negra, que contém os dados de vôo do avião, ainda não tinha sido encontrada até quarta-feira à noite.
A Lufthansa, proprietária da Germanwings, afirmou que "não temos informações por parte das instituições que estão a investigar o caso, que nos permitam confirmar o que se passou a bordo do avião”.
O porta-voz da Lufthansa disse ainda que a empresa não vai alinhar em especulações e que está a seguir o caso de perto.