Roménia decide extraditar 2 polícias turcos procurados
Os advogados dos polícias dizem ir recorrer da decisão em Bucareste, para impedir a extradição.
Um tribunal romeno decidiu extraditar dois polícias turcos em Bucareste que são procurados na Turquia por, alegadamente, terem feito escutas ilegais no gabinete do primeiro-ministro em 2014, informaram os seus advogados.
Os detidos estão ainda na Roménia e os seus advogados vão recorrer da decisão em Bucareste. A decisão final chegará em 20 dias, segundo os advogados.
Em fevereiro, o primeiro-ministro Ahmet Davutoğlu disse que dois membros da polícia turca tinham sido detidos na Roménia, envolvidos nas escutas ao atual presidente Recep Tayyip Erdoğan, primeiro-ministro na altura.
Os polícias são Sedat Zavar- chefe da polícia, e o agente Ilker Usta, que aparentemente fugiram para o estrangeiro para evitarem serem interrogados na operação que desmantelou o “estado paralelo” na Turquia. As autoridades romenas mantiveram Zavar e Usta detidos.
De acordo com o governo turco o “estado paralelo” refere-se a um grupo de burocratas, governantes e polícias infiltrados em instituições públicas do país, incluindo o sistema judicial e polícia, que, alegadamente, tentavam derrubar o governo turco.
A investigação em curso contra o “estado paralelo” resultou na detenção de dezenas de polícias e a transferência de centenas de funcionários por toda a Turquia.