General Electric corta 13.000 empregos em meio a pandemia

A empresa diz à equipe que está reduzindo o setor de aviação em um quarto em meio à desaceleração global, segundo o Wall Street Journal.

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General Electric corta 13.000 empregos em meio a pandemia

AA - O conglomerado americano General Electric (GE) cortará cerca de 13.000 empregos no setor de motores de aeronaves, à medida que o novo coronavírus continua causando estragos econômicos na indústria da aviação, de acordo com um relatório publicado no Wall Street Journal.

O jornal informou que a empresa informou a equipe sobre o esforço para cortar custos em um memorando. As demissões representam uma redução de 25% em seus negócios na aviação, que fabrica motores para a Boeing, que havia sido gravemente atingida antes do surto de coronavírus, e a Airbus.

O tráfego de companhias aéreas comerciais caiu drasticamente durante a pandemia, com aviões normalmente cheios transportando um número relativamente pequeno de passageiros, conforme as pessoas ao redor do mundo são instadas a evitar viagens desnecessárias.

Em março, a GE anunciou que cortaria 10% de seu pessoal de aviação e informou 40% nesse setor na semana passada, segundo o Journal.

Warren Buffet, CEO da Berkshire Hathaway, disse aos acionistas no sábado que vendeu todas as ações de sua companhia aérea, deixando cerca de US $ 4 bilhões em ações da American, Delta, Southwest e United Airlines.

"O mundo mudou para as companhias aéreas. E eu não sei como isso mudou e espero que se corrija razoavelmente rapidamente", disse ele. "Não sei se os americanos mudaram seus hábitos agora ou vão mudar por um longo período".

A doença de coronavírus 2019 (COVID-19) é uma condição respiratória que pode se espalhar de pessoa para pessoa. Foi identificado pela primeira vez em um surto em Wuhan, na China, em dezembro passado e se espalhou por quase 210 países e territórios.

A Organização Mundial da Saúde declarou o surto como uma pandemia global na quarta-feira, 11 de março.

Dos mais de 3,6 milhões de casos confirmados, mais de um milhão se recuperou, enquanto as mortes excedem 251.000, segundo dados compilados pela Worldometer, considerado um dos melhores sites de referência para seguir o estatísticas de pandemia.

As nações onde o coronavírus deixou mais vítimas são: os Estados Unidos, com mais de 69.000; Itália, com mais de 29 mil mortos; Reino Unido, com mais de 28 mil; Espanha e França, com mais de 25 mil, e Bélgica, com mais de 7.900.

Na América Latina, a lista de pessoas mortas pelo COVID-19 é liderada pelo Brasil, com mais de 7.200 mortes. O México segue com mais de 2.100; Equador, com mais de 1.500 pessoas, e Peru, com mais de 1.300.

Apesar do número crescente de casos, a maioria das pessoas infectadas sofre apenas sintomas leves e se recupera.

* José Ricardo Báez G. contribuiu para a redação desta notícia.



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