A ONU prevê uma contração da economia mundial de 0,9% em 2 020

A produção global poderá contrair ainda mais, se as restrições às atividades económicas se mantiverem até o terceiro trimestre e as respostas fiscais não apoiarem o rendimento e os gastos do consumidor.

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A ONU prevê uma contração da economia mundial de 0,9% em 2 020

(Serviço AA em espanhol)

A economia global poderá registar uma contração de 0,9% este ano, devido à pandemia de coronavírus. A informação foi dada pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU (DAES), na quarta-feira.

A produção global poderá contrair ainda mais, se as restrições às atividades económicas se mantiverem até o terceiro trimestre e as respostas fiscais não apoiarem o rendimento e os gastos do consumidor, de acordo com a agência da ONU.

A agência destaca que a perda de rendimento irá traduzir-se numa maior taxa de desemprego. Da mesma forma, o relatório disse que um choque no lado da oferta se poderá transformar num choque ainda mais vasto do lado da procura.

O DAES sugeriu que um pacote de estímulo fiscal bem elaborado, prioritizando os gastos em saúde para conter a propagação do vírus e para dar apoio de rendimento às famílias mais afetadas pela pandemia, ajudaria a minimizar a probabilidade de uma recessão económica profunda.

"São necessárias medidas políticas urgentes e ousadas, não apenas para conter a pandemia e salvar vidas, mas também para proteger os mais vulneráveis ​​nas nossas sociedades da miséria económica, e sustentar o crescimento económico e a estabilidade financeira" - afirmou o subsecretário-geral da DAES, Liu Zhenmin.

A doença do coronavírus 2 019 (COVID-19) é uma condição respiratória que se pode espalhar de pessoa para pessoa. O COVID-19 foi identificado pela primeira vez num surto em Wuhan, na China, em dezembro de 2 019, e daí  espalhou-se para 202 países e territórios.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto como sendo uma pandemia global na quarta-feira, 11 de março.

Dos mais de 910 000 casos confirmados, mais de 191 000 pessoas já se recuperaram. O número de mortes ultrapassa as 45.000, segundo os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins nos Estados Unidos.

Apesar do número crescente de casos, a maioria das pessoas infectadas apresenta apenas sintomas leves e acaba por recuperar.



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