Austrália promulga lei para multar redes sociais que não bloqueiam conteúdo de ódio e violência
O governo foi mobilizado neste assunto após o ataque de Christchurch, que custou a vida de 50 pessoas
Após o ataque a Christchurch na Nova Zelândia, a regulamentação legal do governo australiano foi ratificada no parlamento, o que torna possível multar as empresas de mídia social por não bloquearem conteúdos de ódio e violência e condenar seus líderes à cadeia.
O governo se mobilizou após o bombardeio de Christchurch, que custou a vida de 50 pessoas, ter sido transmitido ao vivo nas redes sociais. Também recebendo o apoio do principal partido da oposição, uma nova lei foi promulgada.
Caso as empresas de redes sociais não bloqueiem o conteúdo de ódio e violência, no âmbito desta lei elas podem ser multadas financeiramente e condenadas à prisão.
Empresas que não bloqueiam conteúdo visual sobre temas como atentados terroristas, assassinatos, estupros, torturas e sequestros, podem ser multadas em 10 milhões e 500 mil dólares australianos (7,5 milhões de dólares) ou pagar 10% do faturamento anual da empresa. Os líderes podem ser condenados a até 3 anos de prisão.
O ministro da Justiça, Christian Porter, pontuou em seu discurso no parlamento que uma lei era necessária após o ataque terrorista na Nova Zelândia e acrescentou: "Os eventos de Christchurch nos mostraram que plataformas de Internet podem ser usadas para propagar mensagens de ódio e terrorismo ".