Espanhóis e brasileiros produzem cimento com cinzas de caroço de azeitona e escória

Cientistas espanhóis e brasileiros desenvolveram um novo tipo de cimento a partir de cinzas de caroço de azeitona e escória obtida dos altos fornos, uma alternativa mais sustentável ao cimento convencional.

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Espanhóis e brasileiros produzem cimento com cinzas de caroço de azeitona e escória

Investigadores espanhóis e brasileiros desenvolveram um novo tipo de cimento feito com cinzas de caroço de azeitona e escória obtida dos altos fornos, uma alternativa mais sustentável ao cimento convencional, por ser feito apenas a partir de resíduos.

O novo cimento foi criado por investigadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV), em Espanha, em colaboração com a Universidade Estadual Paulista (UNESP), no Brasil.

Jordi Payá, investigador do Instituto de Ciência e Tecnologia do Betão (ICITECH) da UPV, disse que este novo cimento destaca-se principalmente pela sua “baixa pegada de carbono” e pelo reduzo impacto ambiental em termos de efeito de estufa, quando comparado com o cimento atualmente usado na construção.

Segundo Payá, este trabalho abre também uma nova oportunidade de negócio para o aproveitamento e valorização energética de uma biomassa, como é o caso dos caroços de azeitona e dos resíduos dos altos fornos. Para o investigador espanhol, outra das vantagens deste novo cimento é o facto da sua produção ser muito simples, já que basta moer os resíduos e combiná-los com água nas proporções adequadas.

Este novo cimento oferece também muito boas prestações mecânicas, já que permite oferecer resistências suficientemente elevadas para poder ser usado em construção civil (300 kilos por centímetro quadrado de compressão), em particular nas suas versões prefabricadas.



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