O governo de Maduro apoia o ajuste da produção de petróleo acordado pela OPEP +

O governo de Nicolás Maduro declarou-se a favor de manter durante julho os cortes na produção de petróleo dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados.

Conforme relatado no sábado pela Agência de Notícias da Venezuela (AVN), o ministro do Poder Popular do Petróleo, Tareck El Aissami, indicou que o mundo precisa de "estabilidade energética e preços justos".

"Esperamos que os países-membros e não membros da OPEP participem da extensão. Precisamos de estabilidade energética e preços justos, por isso devemos fortalecer a cooperação e o diálogo ", afirmou El Aissami.

O funcionário chavista fez a declaração durante a 179ª Conferência Ministerial da OPEP e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP +.

Em 12 de abril, a organização e seus aliados assinaram um acordo para reduzir a produção de hidrocarbonetos em 9,7 milhões de barris por dia (mdb), depois que o preço do petróleo caiu de forma sem precedentes durante a pandemia de coronavírus, devido a demanda global em declínio durante as medidas de fechamento e contenção de fronteiras.

Nesta reunião, a organização estendeu o contrato de corte de produção por mais um mês, ou seja, até o final de julho.

Na reunião, destacou-se que alguns países-membros não conseguiram cumprir plenamente suas cotas de redução de produção em maio e junho. Essas nações terão que acomodar suas restrições em julho, agosto e setembro, além do ajuste de produção já acordado para esses meses, informou a organização.

A OPEP + explicou em comunicado que é vital que todos os principais produtores continuem totalmente comprometidos com os esforços que visam equilibrar e estabilizar o mercado mundial de petróleo.

"Os ajustes de produção em maio, bem como o relaxamento gradual de muitas das medidas de contenção geradas pela pandemia mundial do COVID-19, somadas a uma recuperação econômica, contribuíram para uma recuperação prudente e o retorno de uma maior estabilidade no mercado de petróleo ”, explicou o grupo em comunicado.