Assessor de Juan Guaidó demite-se depois de admitir pagamento por um ataque contra a Venezuela

Um conhecido publicitário venezuelano, J.J. Rendón, pagou 50 mil dólares à Silvercorp, a empresa de segurança americana supostamente responsável pelas fracassadas incursões marítimas em território venezuelano.

1415973
Assessor de Juan Guaidó demite-se depois de admitir pagamento por um ataque contra a Venezuela

O estratega político Juan José Rendón apresentou a sua demissão esta segunda-feira ao líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó.

O conhecido publicitário demitiu-se depois de assumir que assinou um contrato no valor de 50 mil dólares com a Silvercorp, a empresa de segurança americana supostamente responsável pelas fracassadas incursões marítimas em território venezuelano, na semana passada.

.“Peço desculpa por não ter partilhado no momento certo as explorações e o estudo meticuloso, consciente e confidencial, que fizemos à procura de novos cenários e opções; as razões do nosso silêncio hoje são óbvias” -  destaca a carta publicada por Rendón.

O ex-conselheiro de Guaidó afirmou que nunca pretendeu que ninguém pertencente à equipa do líder da oposição cometesse "atividades violentas e ilegais".

A 6 de maio, Rendón disse à CNN que o pagamento de 50 mil dólares à Silvercorp era para pagar "uma ação exploratória para testar a possibilidade de capturar e levar à justiça membros do regime com mandatos de captura".

"O presidente Guaidó não controla uma força policial no país, por isso foram analisados ​​diferentes cenários, como alianças com outros países e venezuelanos leais à Constituição, bem como soldados retirados", acrescentou Rendón.

Entretanto, no domingo passado, agentes de segurança do governo Nicolás Maduro capturaram o sobrinho do ex-general chavista Clíver Alcalá Cordones, juntamente com mais outras sete pessoas.

O canal de televisão VTV informou que as oito pessoas foram capturadas pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e foram acusadas de estarem envolvidas numa operação armada "que visava realizar um golpe de Estado e assassinar o Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro”.



Notícias relacionadas