O Promotor Geral da Bolívia abriu um processo criminal contra Evo Morales por fraude eleitoral

O processo por fraude eleitoral também envolve o ex-vice-presidente Álvaro García Linera.

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O Promotor Geral da Bolívia abriu um processo criminal contra Evo Morales por fraude eleitoral

O procurador-geral da Bolívia, Juan Lanchipa, disse que o Ministério Público abriu um novo processo criminal contra o ex-presidente Evo Morales pelo suposto crime de fraude eleitoral cometido nas eleições de 20 de outubro de 2019.

"Nós encaminhamos o Ministério Público do Departamento de La Paz, conforme apropriado (...), recebemos as informações que abriram um novo caso contra as ex-autoridades (Evo Morales) em relação a fraudes eleitorais", afirmou o chefe do Ministério Público.

Lanchipa disse que esse novo processo criminal pelo crime de fraude eleitoral surgiu da análise técnica realizada pelo Ministério Público “após a demanda para ampliar o processo existente apresentado pelo candidato à presidência da Comunidade do Cidadão (CC), Carlos Mesa, na semana passada perante a Procuradoria Geral da República em Sucre".

O processo por fraude eleitoral também envolve o ex-vice-presidente Álvaro García Linera.

A deputada da Unidade Democrática (UD), Lourdes Millares, disse que a denúncia apresentada por Mesa era "uma ação legal bem-sucedida que, apesar da situação eleitoral, beneficia o país".


O legislador da UD enfatizou que uma das evidências fundamentais para o tratamento deste caso é o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) que estabelece uma manipulação "maliciosa" nas eleições de 20 de outubro.

Em 13 de fevereiro, Mesa também exigiu que Morales fizesse uma compensação econômica ao Estado por mais de US $ 31 milhões que foram utilizados durante as eleições de 20 de outubro. Nesses, Morales foi reeleito, mas sob pressão das forças da Polícia e do Exército, e após vários protestos, o ex-presidente renunciou em 10 de novembro. 

"O dano econômico deve ser compensado pelos responsáveis ​​e estabelecer um precedente histórico para qualquer presidente que tirar proveito de seu cargo e seu poder de alterar a soberania popular e tirar sarro do povo; e se alguém se atreve a cometer uma fraude eleitoral, saiba que receberá o que merece como autor de um crime desse tipo", afirmou Mesa.

Cabe lembrar que a Procuradoria Geral da República já havia aberto um processo de investigação contra os membros do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) e as autoridades eleitorais departamentais da chamada fraude eleitoral registrada nas eleições de outubro.



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