Presidente do Equador disse que Assange tentou usar a embaixada como um "centro de espionagem"
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Lenin Moreno defendeu sua decisão de retirar o asilo diplomático do fundador do WikiLeaks.
AA - O presidente do Equador, Lenin Moreno disse que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tentou a usar a embaixada equatoriana em Londres como um "centro de espionagem".
"É lamentável que do nosso território e com a permissão do governo anterior, instalações foram fornecidas dentro da embaixada equatoriana em Londres para interferir nos processos de outras nações (...) Nós não podemos permitir que a nossa casa, que abriu a sua portas, torna-se um centro de espionagem", disse Moreno em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
O presidente equatoriano lamentou que Assange "viola constantemente as condições" que garantiram sua permanência na sede diplomática, onde permaneceu por sete anos.
No entanto, ele defendeu sua decisão de retirar o asilo político concedido ao ciberativista em 2012 pelo governo de seu antecessor, Rafael Correa, e afirmou que não era "arbitrário", mas "baseado no direito internacional".
Julian Assange foi preso pela polícia britânica na embaixada equatoriana em Londres na quinta-feira passada.