ONU: "Existe o risco de que a tragédia humanitária do Sudão afete toda a região"

A Organização das Nações Unidas (ONU) salientou que, se o conflito no Sudão não for resolvido, pode afetar os países da região.

1990163
ONU: "Existe o risco de que a tragédia humanitária do Sudão afete toda a região"

A Organização das Nações Unidas (ONU) salientou que, se o conflito no Sudão não for resolvido, pode afetar os países da região.

O porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric, comentou os efeitos regionais do conflito no Sudão na conferência de imprensa diária.

Referindo que a região se encontra atualmente numa situação "frágil", Dujarric afirmou que as partes no Sudão devem pôr fim ao conflito dando prioridade aos interesses da população.

Dujarric salientou que o conflito no Sudão pode afetar a situação no Sudão do Sul, no Chade e noutros países da região.

"Se o conflito no Sudão não for resolvido, poderá ter implicações regionais. Existe o risco de que a tragédia humanitária resultante afete não só o Sudão, mas toda a região".

Dujarric referiu, que após o cessar-fogo de curto prazo acordado, os trabalhadores humanitários da ONU estavam a preparar-se para entregar cerca de 168 camiões de ajuda a 4 milhões de pessoas, salientando que a situação atual ainda não permite que as operações humanitárias sejam plenamente realizadas.

Apesar dos desafios, a ONU e os seus parceiros estão a expandir as operações humanitárias no Sudão, disse Dujarric, acrescentando que o Programa Alimentar Mundial continua a prestar assistência, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está a fornecer ajuda alimentar e vacinas.

Dujarric afirmou que a ONU não desempenha um papel oficial na supervisão do cessar-fogo a curto prazo, mas fornece apoio estratégico e técnico.

Por outro lado, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, anunciou na sua conta do Twitter que mais de 300 mil sudaneses migraram para os países vizinhos, devido aos conflitos no país.

Grandi sublinhou que as contribuições dos doadores para o plano de resposta aos refugiados no Sudão continuam a ser insuficientes.

"Precisamos urgentemente de mais recursos para apoiar os países que acolhem refugiados", afirmou.



Notícias relacionadas