Governo líbio responde à "ameaça de intervenção militar do Egito"

O ministro líbio do Interior falou sobre o assunto.

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Governo líbio responde à "ameaça de intervenção militar do Egito"

O ministro do Interior da Líbia, Fethi Bashaga, disse que não aceita que seja posta em causa a segurança do Egito, mas que está pronto a lutar para defender o seu país.

Depois das declarações do presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi, com ameaças de uma intervenção militar contra a Líbia, Bashaga escreveu no Twitter que "os líderes do país fraterno da Líbia esqueceram que o povo líbio partilha a mesma história, crença e destino com o Egito".

"Os líbios não aceitam que o Egito seja prejudicado ou seja ameaçado. Porque esse seria um caminho sem retorno para os dois países. As linhas vermelhas foram marcadas com o sangue dos líbios. Os líbios estão prontos a fazer a paz com aqueles que queiram fazer a paz, mass estão prontos para lutar. Não para atacar, mas para se defenderem".

Entretanto, o primeiro-ministro líbio Fayez al-Sarraj reuniu-se com o general de brigada e comandante do Departamento de Operações Conjuntas de Sirte-Jufra, Ibrahim Ahmad Beytulmal.

Segundo a declaração feita na página do governo líbio no Facebook, Serraj discutiu com Beytulmal as operações militares realizadas em Sirte e Youfra, bem como a proteção dos civis.

Ontem, o governo da Líbia apelidou as declarações do presidente egípcio al-Sisi - com ameaças de intervenção militar na Líbia – como sendo uma "declaração de guerra".

Durante a sua visita aos elementos da Força Aérea na fronteira com a Líbia, o Presidente Sisi passou a mensagem de que "o exército egípcio poderia realizar uma missão militar fora das suas fronteiras, na Líbia, se necessário".

Indicando que o governo egípcio irá treinar e armar as tribos na Líbia, Sisi disse que “Sirte e Jufra são as nossas linhas vermelhas. A Líbia não deve ser defendida por mais ninguém que não os próprios líbios. Estamos prontos para ajudar e dar apoio. Estamos prontos para cumprir qualquer missão dentro ou fora das nossas fronteiras".


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