Nove nações africanas correm um risco extremo devido às mudanças climáticas
Embora a África Austral esteja atualmente na vanguarda da crise climática, a região enfrenta suas consequências em primeira mão
Mais de 11 milhões de pessoas em nove países do sul da África estão enfrentando "níveis emergenciais de insegurança alimentar" devido à seca e à crise climática, informou quinta-feira um relatório conjunto de várias organizações da ONU.
O UNICEF, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos destacaram o aviso do Comitê Permanente Regional entre Agências da África (RIASCO), que indica que o número de pessoas que sofrem de crises e emergências nas nove nações aumentarão nos próximos meses se nenhuma ação ambiental for tomada imediatamente.
No Zimbábue, 3,58 milhões de pessoas estão em perigo.
Na Zâmbia, estima-se que 2,3 milhões estejam em um nível de crise ou pior.
No sul de Angola, 1,6 milhão de pessoas são afetadas pela seca, com pelo menos 562.000 em crise, segundo o relatório.
Até setembro de 2019, 1,6 milhão de pessoas em Moçambique enfrentavam dificuldades no acesso a alimentos como resultado de perdas agrícolas, deslocamento interno, destruição de infraestrutura e meios de subsistência devido a dois ciclones que devastaram o país em março e abril de 2019.
Por seu lado, no sul de Madagascar, 916.201 pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda, de acordo com o documento.
Embora o sul da África esteja atualmente na vanguarda da crise climática, a região enfrenta suas consequências em primeira mão, disse a agência da ONU.