Chefe da ONU "alarmado" pelo agravamento da violência no Burundi

Ban Ki-moon expressa preocupação. Descoberta de corpos de vítimas civis “tornou-se uma ocorrência regular”.

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Chefe da ONU "alarmado" pelo agravamento da violência no Burundi

O Secretário-Geral Ban Ki-moon expressou preocupação na sexta-feira sobre o aumento da violência no Burundi, enquanto condena declarações públicas destinadas a incitar a violência e o ódio.

Referindo-se a Ban, o porta-voz da ONU Stephane Dujarric disse: "Ele manifesta a sua profunda preocupação pelo fato de nas últimas semanas, a descoberta dos corpos de vítimas civis, muitos aparentemente executados sumariamente, tornou-se uma ocorrência regular em vários bairros de Bujumbura."

O país Africano tem estado em um ciclo de violência desde abril, quando o partido governante nomeou o Presidente, Pierre Nkurunziza - no poder desde 2005 - seu candidato para a presidência.

"A violência e mortes recorrentes no Burundi deve parar", disse Dujarric. "O Secretário-Geral sublinha a responsabilidade das autoridades do Burundi de proteger a população civil, independentemente da sua filiação política, e garantir que a impunidade generalizada para estes atos hediondos chegue a um fim imediato."

Pelo menos 13 pessoas foram mortas em confrontos desde sábado.
Mais cedo na sexta-feira, o filho do proeminente ativista de direitos humanos burundês Pierre-Claver Mbonimpa foi morto após ter sido preso pela polícia na capital, Bujumbura.

"[Ban] também condena declarações públicas que parecem destinadas a incitar a violência ou ódio contra diferentes grupos da sociedade burundesa", disse Dujarric.

"As declarações incendiárias são condenáveis e perigosas. Elas só servirão para agravar a situação do país. Ele chama a responsabilização daqueles que se envolveram em incitação pública de violência", acrescentou.


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