ACNUR lamenta a decisão da Índia sobre a deportação de um grupo de rohingyas

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), através de uma declaração, lamentou a decisão indiana tomada pela segunda vez nos últimos três meses de repatriar um grupo de muçulmanos Rohingya para a Birmânia (Mianmar).

Após a última decisão, uma família muçulmana refugiada Rohingya registrada no ACNUR no estado de Rakhine, na Birmânia, foi deportada para a Birmânia em 3 de janeiro, depois de ter sido detida no estado indiano de Assam.

A família foi presa em Assam em 2013 por "entrada ilegal no país".

Embora solicitadas repetidamente pelo ACNUR, as autoridades indianas não responderam aos pedidos como "entrar em contato com os detidos, determinar suas condições e avaliar a natureza voluntária das decisões de retorno".

O ACNUR informou que continuará solicitando acesso aos refugiados devolvidos à Birmânia e exigirá esclarecimentos sobre as condições sob as quais o repatriamento ocorreu.

Na Índia existem cerca de 18.000 refugiados Rohingya registrados no ACNUR.

A Índia, com essa decisão, devolveu os muçulmanos Rohingya pela segunda vez desde outubro para a Birmânia, onde as condições não são adequadas para o retorno.

A Índia repatriou sete muçulmanos Rohingya para a Birmânia em outubro.