Obama expressa apoio ao processo de paz no Afeganistão

O presidente dos EUA, Barack Obama, ressaltou o apoio dos EUA no processo de paz que garantirá estabilidade duradoura no Afeganistão e na região.

Em uma chamada de videoconferência com o presidente afegão Ashraf Ghani, Obama falou sobre a importância da liderança de seu homólogo "para aprofundar a cooperação regional e avançar o processo de reconciliação com os talibãs", segundo um comunicado da Casa Branca.

De acordo com o comunicado, os dois líderes expressaram suas intenções de usar a próxima reunião da OTAN na capital polonesa de Varsóvia e os fóruns da União Européia em Bruxelas, como palco para reafirmar o apoio internacional para a paz e a estabilidade do Afeganistão.

Obama e Ghani se "comprometeram" a consultar regularmente as tentativas do governo afegão de manter o diálogo com os talibãs, a fim de "reforçar a governação e fornecer segurança para o povo".

Obama também elogiou o compromisso contínuo de Ghani para reformar o Afeganistão e os esforços para combater a corrupção institucional no país.

As primeiras conversações de paz oficialmente reconhecidas entre o Afeganistão e os talibãs, tinham sido realizadas em 07 de julho do ano passado, no Paquistão. A segunda rodada das negociações - que foram programadas para 31 de julho – foram adiadas indefinidamente após o anúncio da morte do líder talibã Mullah Abdullah.

Ambos os lados deveriam manter conversações de paz no início deste mês, de acordo com um anúncio feito pelo Grupo de Coordenação dos 4, que compreende: EUA, China, Paquistão e Afeganistão. No entanto, o Talibã mostrou relutância em participar do diálogo.

"Para as conversações começarem, os 'invasores' [soldados dos EUA / OTAN] devem deixar o país e dar ao povo afegão a oportunidade de determinar o seu destino por si mesmos", disse o Talibã afegão recentemente.

Outro ponto de discórdia que tem impedido qualquer progresso nos esforços para um cessar-fogo no país é a condição prévia do Talibã de desmanche do atual governo de Cabul.