Presidente catalão pede mediação internacional para negociar com o governo de Espanha

Quim Torra, o presidente da Generalitat da Catalunha (governo regional catalão), pediu esta segunda feira a mediação internacional para se “sentar à mesa de negociações com o governo espanhol”, por forma a resolver a crise política que se vive na região autónoma, que procura a independência.

Torra criticou fortemente o presidente do Parlamento Europeu (PE), Antonio Tajani, que acusou de “enfraquecer a liberdade de expressão de dois representantes do povo catalão, eleitos pelo povo” – referindo-se a ele próprio e ao ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont – pelo facto de Tajani não lhes ter permitido realizar uma conferência de imprensa na sede do poder legislativo europeu, em Bruxelas, por alegados motivos de segurança.

São “ações pouco democráticas e pouco europeias (…) Tajani tomou uma decisão política e ideológica” – afirmou Torra a partir de um hotel na capital belga. O líder independentista assegurou que está disposto a “pagar um preço” com a sua liberdade pessoal, para conseguir a independência da Catalunha.

Torra voltou também a criticar o julgamento contra os 12 políticos catalães pela tentativa de secessão da Catalunha em outubro de 2 017, disse tratar-se duma farsa para “justificar a repressão” do Estado.

Puigdemont, que também está em auto-exílio na Bélgica, para fugir à justiça espanhola, disse que o julgamento que começou na semana passada no Supremo Tribunal de Espanha é de “caráter político”.