Japão deixa de comprar o petróleo iraniano devido às ameaças dos Estados Unidos
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão entre os possíveis substitutos para responder às necessidades de petróleo do Japão.
As empresas do setor da energia do Japão estão a preparar-se para suspender, até ao mês de outubro, as importações de crude do Irão, devido às ameaças dos Estados Unidos. A informação foi avançada pela publicação semanal Nikkei Asian Review, na sua edição em inglês centrada na Ásia.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão entre os possíveis substitutos para responder às necessidades de petróleo do Japão.
O governo dos Estados Unidos retirou-se unilateralmente do acordo nuclear com o Irão, e pediu às empresas japonesas JXTG e Idemitsu Kosan para que suspendessem as suas importações de petróleo iraniano até 4 de novembro, a data em que entrarão em vigor as sanções contra Teerão.
O governo de Washington ameaça impor sanções contra as empresas que tenham relações com o Irão depois dessa data.
Neste contexto, os grandes bancos japoneses como o Mitsubishi UFG e o Mizuho, já anunciaram que vão também suspender as suas operações bancárias com todas as instituições financeiras relacionadas com o Irão, já a partir de 12 de agosto.
Segundo os dados do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, o país importa atualmente 211 mil barris de petróleo iraniano por dia.